Panelas, Pernambuco, em 1939 - Caruaru, Pernambuco, em 20/07/2012)
Maria Diva Lucena de Mendonça, conhecida como Diva Pacheco, nasceu na cidade de Panelas, no Agreste de Pernambuco, em 1939.
Foi casada com Plínio Pacheco, responsável pelo espetáculo Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém. Plínio faleceu em 2002.
Diva fez alguns trabalhos para o cinema, entre eles “Noite do Espantalho”, “A Compadecida” e “Batalha dos Guararapes”.
Trabalhou como diretora de arte pela TV Globo no Rio de Janeiro em “Roque Santeiro” e em “Morte e Vida Severina”. Sua última atuação para a Rede Globo foi em uma novela de Miguel Falabela, “A Lua Me Disse”.
Teve participação marcante em diversos concursos de fantasia, inclusive foi vencedora em muitos deles.
Filha de Epaminondas Cordeiro de Mendonça e Sebastiana Lucena de Mendonça, Diva Pacheco foi atriz, figurinista, carnavalesca, artista plástica e escritora.
Contra a vontade dos pais, casou-se, em 1956, com o gaúcho Plínio Pacheco. Como era desquitado, algo tão inaceitável como o adultério que ainda podia justificar, nos bancos dos réus, a absolvição de maridos assassinos por legítima defesa da honra, a família não aprovou a união.
Com Plínio, pôs de pé a Nova Jerusalém do Município do Brejo da Madre de Deus, obra que viria a constar como o maior teatro ao ar livre do mundo. Com ele, teve também os filhos Xuruca, Nena e Robinson, todos, em maior ou menor grau, ligados às artes e ao drama da paixão no Agreste. Além deles, consta na prole o já falecido Paschoal. Plínio, falecido em 2002, considerava Diva nada menos que uma remanescente das heroínas de Tejucupapo - as mulheres míticas do distrito de Goiana que, a ferro e paus, teriam expulsado um exército holandês.
Por mais de dez anos, Diva foi a Maria da Paixão de Cristo. “Eu entrei em Nova Jerusalém em 1962, nunca mais saí. Eu lavava roupa, engomava, cozinhava, fazia de tudo.(…) Quase ninguém sabia ler. Tinha que ensinar o texto, todinho, decorado. Para juntar com o elenco que vinha do Recife e eles decoravam tudo, tudo, tudo”, recordava Diva.
Campeã de muitos Carnavais, ganhou muitos prêmios de originalidade no Balmasqué e no Baile Municipal do Recife. Apaixonada pela cultura de seu povo, comandou um pastoril - e desenhou o figurino de suas pastoras. Confeccionou tantos figurinos para cinema e teatro, que seria impossível enumerar todos: "Batalha dos Guararapes" (primeiro no teatro; depois no cinema), dos filmes "Auto da Compadecida", "A Vingança dos Doze", dentre outros. Só na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, desenhava e costurava para uma cidade praticamente inteira.
Ela também sugestões sobre o figurino de sua hilária personagem Dona Sulanca, da novela global "A Lua me Disse". O amigo Miguel Falabella usava muito da prosódia da própria atriz para compor a personagem, uma sulanqueira sanguinolenta de Santa Cruz do Capibaribe. “Toda vez que eu vou para casa de Miguel , no Rio, levo um monte de comidas, coisas gostosas daqui para ele. E ele se desembesta a gritar: ‘Ai, meu Deus...lá vem essa retirante morrendo de medo de passar fome”, dizia ela, às gargalhadas.
Fora dos palcos, suas roupas mantinham algo de teatral.
Foi atriz do cult-movie "A Noite do Espantalho" (1974), de Sérgio Ricardo, e também assinou o figurino do filme.
Diva Pacheco faleceu no dia 20 de julho de 2012. Ela estava internada no Hospital Unimed Caruaru, onde faleceu por complicações de um câncer.
As últimas aparições da atriz foram na homenagem que recebeu pelo Shopping Tacaruna, no Recife, na passagem do Dia Internacional da Mulher, em 08 de março, e na Câmara Municipal da Cidade do Recife, quando recebeu a Comenda José Mariano.
Já doente, Diva Pacheco foi presença constante na temporada da Paixão de Cristo de 2012.
Diva Pacheco foi sepultada no Pátio do Teatro de Nova Jerusalém, no município de Brejo da Madre de Deus. Os presentes seguiram o cortejo, guiados por seis cavaleiros do espetáculo da Paixão de Cristo, até o Parque das Orquídeas, onde a artista foi sepultada ao lado do marido.
Fontes: Sites Globo, Folha de Pernambuco.
Maria Diva Lucena de Mendonça, conhecida como Diva Pacheco, nasceu na cidade de Panelas, no Agreste de Pernambuco, em 1939.
Foi casada com Plínio Pacheco, responsável pelo espetáculo Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém. Plínio faleceu em 2002.
Diva fez alguns trabalhos para o cinema, entre eles “Noite do Espantalho”, “A Compadecida” e “Batalha dos Guararapes”.
Trabalhou como diretora de arte pela TV Globo no Rio de Janeiro em “Roque Santeiro” e em “Morte e Vida Severina”. Sua última atuação para a Rede Globo foi em uma novela de Miguel Falabela, “A Lua Me Disse”.
Teve participação marcante em diversos concursos de fantasia, inclusive foi vencedora em muitos deles.
Filha de Epaminondas Cordeiro de Mendonça e Sebastiana Lucena de Mendonça, Diva Pacheco foi atriz, figurinista, carnavalesca, artista plástica e escritora.
Contra a vontade dos pais, casou-se, em 1956, com o gaúcho Plínio Pacheco. Como era desquitado, algo tão inaceitável como o adultério que ainda podia justificar, nos bancos dos réus, a absolvição de maridos assassinos por legítima defesa da honra, a família não aprovou a união.
Com Plínio, pôs de pé a Nova Jerusalém do Município do Brejo da Madre de Deus, obra que viria a constar como o maior teatro ao ar livre do mundo. Com ele, teve também os filhos Xuruca, Nena e Robinson, todos, em maior ou menor grau, ligados às artes e ao drama da paixão no Agreste. Além deles, consta na prole o já falecido Paschoal. Plínio, falecido em 2002, considerava Diva nada menos que uma remanescente das heroínas de Tejucupapo - as mulheres míticas do distrito de Goiana que, a ferro e paus, teriam expulsado um exército holandês.
Por mais de dez anos, Diva foi a Maria da Paixão de Cristo. “Eu entrei em Nova Jerusalém em 1962, nunca mais saí. Eu lavava roupa, engomava, cozinhava, fazia de tudo.(…) Quase ninguém sabia ler. Tinha que ensinar o texto, todinho, decorado. Para juntar com o elenco que vinha do Recife e eles decoravam tudo, tudo, tudo”, recordava Diva.
Campeã de muitos Carnavais, ganhou muitos prêmios de originalidade no Balmasqué e no Baile Municipal do Recife. Apaixonada pela cultura de seu povo, comandou um pastoril - e desenhou o figurino de suas pastoras. Confeccionou tantos figurinos para cinema e teatro, que seria impossível enumerar todos: "Batalha dos Guararapes" (primeiro no teatro; depois no cinema), dos filmes "Auto da Compadecida", "A Vingança dos Doze", dentre outros. Só na Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, desenhava e costurava para uma cidade praticamente inteira.
Ela também sugestões sobre o figurino de sua hilária personagem Dona Sulanca, da novela global "A Lua me Disse". O amigo Miguel Falabella usava muito da prosódia da própria atriz para compor a personagem, uma sulanqueira sanguinolenta de Santa Cruz do Capibaribe. “Toda vez que eu vou para casa de Miguel , no Rio, levo um monte de comidas, coisas gostosas daqui para ele. E ele se desembesta a gritar: ‘Ai, meu Deus...lá vem essa retirante morrendo de medo de passar fome”, dizia ela, às gargalhadas.
Fora dos palcos, suas roupas mantinham algo de teatral.
Foi atriz do cult-movie "A Noite do Espantalho" (1974), de Sérgio Ricardo, e também assinou o figurino do filme.
Diva Pacheco faleceu no dia 20 de julho de 2012. Ela estava internada no Hospital Unimed Caruaru, onde faleceu por complicações de um câncer.
As últimas aparições da atriz foram na homenagem que recebeu pelo Shopping Tacaruna, no Recife, na passagem do Dia Internacional da Mulher, em 08 de março, e na Câmara Municipal da Cidade do Recife, quando recebeu a Comenda José Mariano.
Já doente, Diva Pacheco foi presença constante na temporada da Paixão de Cristo de 2012.
Diva Pacheco foi sepultada no Pátio do Teatro de Nova Jerusalém, no município de Brejo da Madre de Deus. Os presentes seguiram o cortejo, guiados por seis cavaleiros do espetáculo da Paixão de Cristo, até o Parque das Orquídeas, onde a artista foi sepultada ao lado do marido.
Fontes: Sites Globo, Folha de Pernambuco.
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