quinta-feira, 8 de setembro de 2011

MARCOS PLONKA, 71 anos, ator e humorista

 
O ator Marcos Plonka faleceu na noite de quinta-feira (8), em São Paulo, aos 71 anos. O humorista, que ficou famoso como o judeu Samuel Blaustein na “Escolinha do Professor Raimundo”, fazia parte do elenco da “Escolinha do Gugu”.

Plonka sofreu um infarto fulminante enquanto jantava com sua família. Há duas semanas, o ator deu entrada no Instituto do Coração por conta de fortes dores que fizeram com que ele ficasse internado por cinco dias.

Nascido em uma família judaica, ele trabalhou como dublador, fez alguns trabalhos no cinema e em novelas. Mas sua grande paixão era o humor. Na Globo, participou dos programas ”Planeta dos Homens”, “Balança Mas Não Cai”, “Os Trapalhões”, “Chico Anysio Show”, “Chico City” e “Escolinha do Professor Raimundo”, onde imortalizou o bordão: “Fazemos qualquer negócio”. 

 B I O G R A F I A:

 
Nascido numa família judaica no bairro do Tatuapé, na capital paulista, seus pais nasceram na Polônia e vieram para o Brasil logo antes da Segunda Guerra Mundial. Foram ser comerciantes e passaram a ser chamados de “turcos da prestação”, nome genérico que na época se dava a todos os mascates, a todo vendedor de "porta a porta". Marcos Plonka, mesmo no tempo da escola, só pensava em ser locutor de rádio, mas não conseguiu.
O que conseguiu foi um papel no Teatro da Juventude, de Tatiana Belinky e Júlio Gouveia. Plonka começou na Rede Tupi. Com ele estava, desde o começo, o amigo e "quase irmão" Elias Gleiser (suas famílias vieram juntas da Polônia). Do Teatro da Juventude, Plonka passou a participar de todos os tele-teatros da casa. Participou de vários "TVs de Vanguarda", fazendo papéis sérios. Mas se deu melhor nos "TVs de Comédia", de Geraldo Vietri. Com ele fez inúmeros trabalhos, tanto na televisão quanto no cinema. Passou a fazer parte de seu elenco e Vietri tinha ciúme de sua turma. Zangava-se mesmo, quando algum deles participava de outros programas. Mas Plonka, embora adorasse Vietri, trabalhou também muito com Wanda Kosmo, e colaborou na direção do Grande Teatro Tupi, sempre na TV Tupi.
Fez também muitas telenovelas, entre as quais: Nino, o Italianinho com muito sucesso. O humor, porém, estava em seu sangue, e ele acabou cedendo e participando apenas de comédias. Da Tupi, das dublagens, dos filmes e dos teatros, por fim a Globo apareceu em sua vida, já quando era um ator experiente. Nessa emissora, participou de programas de grande sucesso, como Planeta dos Homens, Balança Mas Não Cai, Os Trapalhões, Chico Anysio Show, Chico City, Escolinha do Professor Raimundo. Nesse último, consagrou o personagem judeu Samuel Blaustein, com alguns bordões conhecidos e repetidos por todo o Brasil como “Fazemos qualquer negócio”. A coisa pegou tanto que Plonka montou um show com o mesmo nome, que apresentou por toda a parte.
Também fez muitos filmes, quase sempre dirigido Geraldo Vietri, em verdade, seu grande amigo e incentivador. Por outro lado, porém, Plonka sempre teve atividades paralelas. Foi empresário em várias áreas. Sua última investida foi um restaurante em São Paulo, o "Dom Place".
Casado com a atriz Olivia Camargo há muitos anos, o casal tem dois filhos, Fátima e Sidney, e dois netos. Com o fim da Escolinha do Professor Raimundo, na Globo, o programa passou pela Record, com o nome de Escolinha do Barulho, e atualmente está sendo exibido pela CNT. Num empreendimento cooperativo, quinze atores uniram-se e colocaram de volta no ar o programa.
Em 2005, Plonka passou a exercer a função de assessor de imprensa da Associação Paulista de Magistrados e viajou pelo Brasil apresentando seu show chamado "Fazemos Qualquer Negócio".
Morreu na noite de 8 de setembro de 2011 vitimado por um infarto.

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