terça-feira, 2 de agosto de 2011

ITALO ROSSI, ator, 80 anos

 
Morreu na tarde desta terça-feira (2/8/11) o ator Ítalo Rossi, aos 80 anos, em decorrência de complicações respiratórias.

Veja a galeria de fotos da carreira do ator Ítalo Rossi

Segundo seu sobrinho, Humberto Rossi, o artista estava internado no hospital Copa D'Hor, no Rio de Janeiro, desde domingo (31), para onde foi levado por familiares após ter se sentido mal.

Ítalo Balbo Rossi, nascido em Botucatu (interior de SP), iniciou sua carreira nos anos 1950, década em que entrou para o grupo TBC (Teatro Brasileiro de Comédia).

Recentemente, o ator ganhou destaque nacional ao interpretar o personagem Seu Ladir --autor do bordão "É mara!"-- no humorístico "Toma Lá dá Cá" da TV Globo.

Entre outros trabalhos na televisão, Ítalo interpretou Dr. Fernando Medeiros, advogado de Bia Falcão (Fernanda Montenegro) na novela Belíssima (2005), e o mordomo Alfred, em Senhora do Destino (2004).

O corpo será sepultado nesta quarta-feira no Cemitério do Caju, no Rio.
Fonte: Folha de São Paulo 03/08/2011
 
B I O G R A F I A 
 
Ítalo Balbo Di Fratti Coppola Rossi nasceu em Botucatu, SP, em 1931. Ator e diretor. Integrante do Teatro Brasileiro de Comédia e um dos fundadores do Teatro dos Sete.

Ítalo Rossi iniciou a carreira no teatro e, depois de uma pequena experiência no "Teatro das Segundas-Feiras" e no "Teatro de Vanguarda", ingressou no Teatro Brasileiro de Comédia, TBC. Já no primeiro espetáculo, sob a direção de Maurice Vaneau em "A Casa de Chá do Luar de Agosto", de John Patrick, 1956, recebeu o prêmio revelação de ator da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, ABCT. No ano seguinte, recebeu o prêmio de melhor ator por "Os Interesses Criados", de Jacinto Benavente, com direção de Alberto D'Aversa. Com esse diretor, ainda no TBC, em 1958, atuou em três espetáculos: "Vestir os Nus", de Luigi Pirandello; "Um Panorama Visto da Ponte", de Arthur Miller; e "Pedreira das Almas", de Jorge Andrade.

Em 1959 fundou, ao lado de Fernanda Montenegro, Sergio Britto e Fernando Torres, o "Teatro dos Sete", em que atua com exclusividade durante seis anos, até o encerramento da companhia. No espetáculo de estréia, "O Mambembe", de Artur Azevedo e José Piza, sob a direção de Gianni Ratto, interpreta Frazão e, no papel do empresário em dificuldades, empresta uma verve e um histrionismo que lhe valeram um novo Prêmio ABCT.

Em 1960, é novamente premiado pelo trabalho na comédia de Georges Feydeau, "Com a Pulga Atrás da Orelha". Depois do encerramento das atividades do "Teatro dos Sete", em 1965, Ítalo Rossi voltou a atuar em duas peças curtas, "Os Amantes" e "A Coleção", ambas de Harold Pinter, sob a direção de Flávio Rangel, na recém-criada "Companhia Carioca de Comédia", em 1966. No mesmo ano, em Curitiba, protagonizou, com o mesmo diretor, "O Sr. Puntila e Seu Criado Matti", de Bertolt Brecht. Em 1967, Ítalo Rossi esteve em "Oh, Que Delícia de Guerra!", de Charles Chilton em colaboração com Joan Littlewood e o grupo do Theatre Workshop, uma encenação de Ademar Guerra.

Na década de 70, suas atuações mais expressivas são em "Dorotéia Vai à Guerra", de Carlos Alberto Ratton, dirigido por Paulo José, 1972; "A Noite dos Campeões", de Jason Miller, direção de Cecil Thiré, 1975 - seu desempenho lhe valeu o Prêmio Molière; "O Santo Inquérito", de Dias Gomes, com o diretor Flávio Rangel, 1976; "Os Emigrados", de Slawomir Mrozek, direção de Jorge Takla, 1977; e "Os Veranistas", de Máximo Gorki, 1978.

Após um certo afastamento, Ítalo Rossi retornou aos palcos, na década de 80, com três espetáculos intimistas. Com esses trabalhos conquistou, durante anos seguidos, o Prêmio Molière. Em "Quatro Vezes Beckett", 1985, uma encenação de Gerald Thomas em que a ação concentra-se em partes dos corpos dos atores, Ítalo Rossi se encarrega do monólogo da boca. Em 1986, ele faz um espetáculo solo com roteiro e direção de Walmor Chagas, "Encontro com Fernando Pessoa". Em 1987, ao lado de Daniel Dantas, Ítalo Rossi encarnou o filósofo ateu Descartes em "Encontro de Descartes e Pascal", de Jean-Claude Brisville. Sentados um frente ao outro, em uma mesa no proscênio de um pequeno palco do Teatro da Aliança Francesa de Botafogo, falando para uma lotação máxima de 80 espectadores, Ítalo Rossi se encontra muito próximo ao público que pôde observar as sutis mudanças na fisionomia de uma personagem revestida de profunda humanidade pelo ator que, pouco gesticula, praticamente não se levanta e, apenas com o trabalho facial e vocal, prende o público em uma discussão puramente intelectual.

Na década de 90, Ítalo Rossi atuou em cinco produções do diretor Moacyr Góes. Entre elas, o solo "Comunicação a uma Academia", de Franz Kafka, 1994, e "O Doente Imaginário", de Molière, 1996.

Também destaca-se por seus trabalhos em cinema e TV.

Na TV, aparece em:

2005 Belíssima - Fernando Medeiros
2004 Senhora do Destino - Alfred
2003 Kubanacan - Trujillo
2002 Coração de Estudante - Juiz Bonifácio
2000 Esplendor - Vicente
1998 Serras Azuis - Eleogadário (Rede Bandeirantes)
1995 Engraçadinha, seus amores e seus pecados - Dr. Phocion
1993 Olho no Olho - Ferreira
1990 Araponga - Zaca
1988 Chapadão de Bugre - Damasceno Soares (Rede Bandeirantes)
1985 Tudo em Cima - Dr. Evandro Sena (Rede Manchete)
1984 Transas e Caretas - Gilberto (Braga)
1983 Parabéns pra Você - Vice-reitor
1981 Brilhante - Delegado
1976 Escrava Isaura - José
1976 Vejo a lua no céu - Jacinto
1975 Bravo - Paes Duarte
1972 Jerônimo, o herói do sertão - Coronel Saturnino Bragança (TV Tupi)
1970 E nós, aonde vamos (TV Tupi)
1969 Um gosto amargo de festa (TV Tupi)
1965 Padre Tião - Padre Tião
1964 Sonho de Amor (TV Rio)
1964 Vitória (TV Rio)
1963 Pouco amor não é amor
1963 A morte sem espelho

No cinema, os principais trabalhos de Ítalo Rossi são:

2003 - Maria, mãe do filho de Deus - Caifás
1997 - A grande noitada - Butuca
1989 - Doida demais
1979 - A república dos assassinos
1979 - O bravo guerreiro
1968 - Desesperato
1968 - O Engano
1967 - Cara a Cara
1967 - A derrota
1966 - Paraíba, vida e morte de um bandido
1965 - Society em baby-doll
1958 - E o espetáculo continua - Quincas
1957 - O pão que o Diabo amassou
1954 - Destiny in Trouble
1954 - A sogra
1953 - Esquina da ilusão
1953 - O Homem dos papagaios
1953 - Uma vida para dois

Em 2008, Ítalo Rossi se junta ao elenco fixo do humorístico "Toma Lá, Dá Cá" e interpreta o Seu Ladir, marido de Dona Álvara, a conservadora síndica do Jambalaya Ocean Drive.

Ítalo Rossi morreu na tarde de 02 de agosto de 2011, aos 80 anos, em decorrência de complicações respiratórias.

Segundo seu sobrinho, Humberto Rossi, o artista estava internado no hospital Copa D'Hor, no Rio de Janeiro, o dia 31 de julho de 2011, para onde foi levado por familiares após ter se sentido mal.

Recentemente, o ator ganhou destaque nacional ao interpretar o personagem Seu Ladir --autor do bordão "É mara!"-- no humorístico "Toma Lá dá Cá" da TV Globo.

Entre outros trabalhos na televisão, Ítalo interpretou Dr. Fernando Medeiros, advogado de Bia Falcão (Fernanda Montenegro) na novela Belíssima (2005), e o mordomo Alfred, em Senhora do Destino (2004).

O corpo será sepultado nesta quarta-feira no Cemitério do Caju, no Rio.


Fontes: Site Itaú Cultural, Wikipédia, Site "Belíssima"; Site Toma Lá Dá Cá; Folha de São Paulo

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

IVAN MESQUITA, ator, 79 anos

 
Morreu na noite da última segunda (1) o ator Yvan Mesquita, aos 79 anos, vítima de falência múltipla de órgãos.

De acordo com Maryucha Mesquita, filha mais nova do artista, ele era diabético e estava internado há mais de um mês.


O ator será cremado na próxima quinta (4) no Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro.


Yvan Mesquita era casado há 35 anos e deixou 10 filhos, além de netos e bisnetos.


O último trabalho de Yvan na TV foi na minissérie "Os Mais", de 2001. Mesquita também atuou em "Gabriela, Cravo e Canela", "Corpo a Corpo" e na primeira versão de "Mulheres de Areia", em 1973.


B I O G R A F I A:

O ator e diretor Ivan Mesquita, também creditado como Yvan Mesquita, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 17 de março de 1932.

Sua carreira artística começou na Rede Excelsior de Televisão, em 1964.

A primeira participação de Ivan Mesquita em novela foi " Mãe". No mesmo ano, participou da novela " A Moça que veio de longe".

Em seguida, participou das novelas " Melodia Fatal" e " Folhas Ao Vento".

Em 1965, fez as novelas " Os Quatro Filhos" e " A Deusa Vencida" e, no ano seguinte, "As Minas de Prata". Em 1967, participou da novela " O Grande Segredo".

Transferiu-se para a TV Tupi em 1968, onde participou da novela " Amor Sem Deus". Indo para a TV Record, em 1969, fez " Algemas de Ouro".

Voltou à Tupi, em 1970, e participou das novelas " As Bruxas" e" O Meu Pé De Laranja Lima". No ano seguinte, Ivan Mesquita atuou em "Nossa Filha Gabriela".

Em 1972, o ator atuou em "Na Idade do Lobo" e da importante novela de Geraldo Vietri "Vitória Bonelli".

Em 1973, fez outra novela importante, de Ivani Ribeiro, "Mulheres de Areia". Nos anos seguintes atuou em "A Barba Azul" (1974); " Ovelha Negra" (1975); "Canção Para Isabel" (1976).

Ivan Mesquita transferiu-se para a Rede Globo em 1978, onde fez a novela "O Pulo do Gato". Nos anos seguintes, atuou nas novelas " Água Viva" (1980); "O Amor é Nosso" (1981), "Ciranda de Pedra" (1981) e "Terras do Sem Fim".

Em 1982, Ivan Mesquita participou do programa "Caso Verdade" e na novela "Sol de Verão".

Participou, também, das novelas "Partido Alto" (1984) e " Corpo a Corpo".

Em 1985, participou da importante minissérie " Grande Sertão-Veredas" e no ano seguinte da novela "Sinhá Moça".

O ator integrou o elenco da novela "Rainha da Sucata" (1990). Em 1992, fez "Tereza Batista".

Em cinema, Ivan Mesquita começou em 1967 fazendo "O Anjo Assassino". Depois, atuou em "Anuska, Manequim e Mulher" (1968); "Um Caipira em Bariloche" (1973) e, em 1983, "Gabriela, Cravo e Canela".

Ivan Mesquita também atuou como diretor. Em 1965, dirigiu o filme "A Ilha dos Sonhos Perdidos" e, em 1968, "Amor Sem Deus".


Principais trabalhos na TV:

"Os Maias" (2001) (minissérie)
"Tereza Batista" (1992) (minissérie)
"Rainha da Sucata" (1990)
"Sinhá Moça" (1986)
"Grande Sertão: Veredas" (1985) (minissérie)
"Corpo a Corpo" (1984)
"Voltei pra Você" (1983)
"Sol de Verão" (1982)
"Terras do Sem-Fim" (1981)
"Ciranda de Pedra" (1981)
"O Amor É Nosso" (1981)
"Água Viva" (1980)
"O Homem Que Veio do Céu" (1978)
"O Pulo do Gato" (1978)
"Canção para Isabel" (1976)
"Ovelha Negra" (1975)
"A Barba-Azul" (1974)
"Mulheres de Areia" (1973)
"Vitória Bonelli" (1972)
"Na Idade do Lobo" (1972)
"Nossa Filha Gabriela" (1971)
"O Meu Pé de Laranja Lima" (1970)
"As Bruxas" (1970)
"Algemas de Ouro" (1969)
"A Última Testemunha" (1968)
"Amor Sem Deus" (1968)
"O Grande Segredo" (1967)
"As Minas de Prata" (1966)
"Almas de Pedra" (1966)
"Anjo Marcado" (1966)
"A Deusa Vencida" (1965)
"Os Quatro Filhos" (1965)
"A Moça que Veio de Longe" (1964)
"Folhas ao Vento" (1964)
"Melodia Fatal" (1964)
"Mãe" (1964)
"A Loja de Antigüidades" (1963)

A última participação de Ivan Mesquita na televisão foi na minissérie "Os Maias" exibida pela Rede Globo em 2001.

Yvan Mesquita morreu na noite do dia 01/08/2011 aos 79 anos, no Rio de Janeiro, de falência múltipla de órgãos. Ele era diabético e já estava internado há mais de um mês.

Fontes: Sites Wikipédia, IMDB, Teledramaturgia, Captura de Imagens (Youtube); Museu da TV.